Vivemos em um mundo cada vez mais estressado e estressante. Mudanças rápidas, prioridades sempre se alterando, demandas urgentes em prazos cada vez menores.
É muita informação que não para de nos bombardear, nem quando dormimos. Não suficiente, a tecnologia parece criar novas formas de estresse, enquanto se evolui.
Ao mesmo tempo, temos que confessar que o estilo de vida estressante gera um certo status. O entretenimento adora usar a imagem do homem de negócios atarefado, seja na televisão ou no cinema. É só pensar em estresse que já imaginamos uma figura engravatada ou de terninho, ocupada, correndo com várias pastas numa mão e uma xícara de café na outra.
Mas isso pode ser um tiro no pé: um cotidiano cheio de estresse no trabalho é um assassino da produtividade, gerando desânimo e insatisfação em qualquer equipe. Aquela imagem do chefe odiado quase sempre é associada a um superior estressado, que não sabe liderar sem pressionar. Nesses casos, estresse não é sinal de muita atividade, mas sim de falta de organização.
Afinal de contas, o estresse não é só negativo ou positivo. Se bem dosado, ele até ajuda a concentração e a atenção ao que acontece ao nosso redor. Porém, quando exagerado, o estresse pode ser muito mais maléfico: diminui a produtividade e leva a doenças.
Entenda a origem do estresse no trabalho
O estresse é uma reação natural do nosso organismo a estímulos do ambiente. Os estímulos, que são chamados de estressores, geram respostas do nosso corpo. Eles podem ser físicos, psicológicos ou sociais e, em geral, são respondidos pelo corpo com uma descarga de hormônios, como a adrenalina.
Isso remete ao famoso mecanismo fuja ou lute, que nos prepara para enfrentar os estressores – isto é, fugir ou lutar. Essa é a primeira das fases do estresse, conhecida como fase do alerta. Ela é considerada uma fase positiva e importante para nós, que, em geral, leva a uma sensação de plenitude.
Porém, quando o estresse persiste, a resposta do nosso organismo se enfraquece. Com isso, os hormônios não têm mais tanto efeito, e começamos a nos exaurir. Assim, o estresse se transforma em exaustão. Por isso, observar sinais de estresse é fundamental.
Reconheça os sinais do estresse
O estresse costuma não ter uma única causa. Dessa forma, tanto o estresse no trabalho como na vida social ou doméstica vão deixando e reforçando sinais que devemos observar. No trabalho, por exemplo, observe os seguintes sinais:
Dificuldade em se concentrar e memorizar;
Desorganização e procrastinação recorrentes;
Respostas desequilibradas (ansiosas ou raivosas demais, ou ainda muito relaxadas e displicentes) a demandas ou críticas;
Já em casa, além dos sinais emocionais, os fisiológicos são mais fáceis de se observar. Fique atento para:
Falta de apetite ou substituição de refeições por bebidas, lanches ou doces;
Cansaço sem motivo;
Dores de cabeça, na nuca ou na coluna;
Insônia, sono interrompido ou com distúrbios (o ronco pode ser um indicativo de má qualidade do sono);
Queda de cabelo;
É vital se atentar para sinais de estresse, sem ignorar ou esperar piorar. Isso porque, além de afetar diretamente a produtividade no trabalho, o estresse leva ao desenvolvimento de problemas crônicos de saúde.
Descubra as causas do estresse
Por mais que o estresse possa ter várias origens, é importante descobrir de onde ele vem. Para isso, tente pensar no que mais tem te afligido, se sua chefia tem estado constantemente nas suas queixas ou se você tem feito mais coisas do que consegue.
O tratamento mais indicado é buscar ajuda profissional, como a de um psicólogo, por exemplo. Se você ainda não se consulta com um, experimente as sugestões a seguir enquanto isso.
Descanse de verdade
Todos já devemos ter ouvido pelo menos uma vez que o sono é indispensável. Ainda assim, é comum diminuir o período de descanso para cumprir tarefas, acordar mais cedo para evitar atrasos ou levar trabalho para a cama.
Isso pode levar a um sono interrompido, que não permite descanso pleno e pode causar paralisia do sono. O sono é afetado pelo estresse, mas pode ser o seu remédio, também.
Faça exercícios físicos
Exercícios físicos, assim como descanso suficiente, são outra coisa que sabemos que temos que fazer e, muitas vezes, ignoramos. Como dissemos antes, o estresse tem relação direta com a adrenalina, hormônio do “fuja ou lute”: o estímulo a eleva no sangue.
Fazer exercícios físicos ajuda a “gastar” essa carga de hormônio e energia, evitando que se acumulem e, por exemplo, atrapalhem o seu sono. Além disso, ainda ganhamos endorfina.
Organize sua vida
Só de ouvir falar em organização você já sente calafrios? Sinal de procrastinação, isso leva a estresse por antecipação: você sabe que deve se organizar. Quando chegam as cobranças, então, estressamos ainda mais. Agendas eletrônicas, aplicativos e lembretes ajudam. Mas nada como o bom e velho papel e caneta para já começar a nos organizar agora.
Melhore seu ambiente de trabalho
Muitas vezes, a causa do estresse não está no trabalho em si, mas no seu ambiente. Local desconfortável, chefia distante e fria e falta de convivência e comunicação são sinais de necessidade de melhoria no ambiente de trabalho.
Avalie seu chefe
Quanto à sua chefia, já pensou que os erros dela podem ser apenas falta de preparo? Muitas vezes, a pura falta de conhecimento sobre gestão de pessoas faz a chefia achar que ser carrasco é sinônimo de liderança. Uma conversa despretensiosa sobre o assunto pode ser o que era preciso.
É comum ouvir que a informação é o primeiro remédio para muitos problemas. Agora que você entende a origem do estresse no trabalho, sua ligação e influência em outras áreas e conhece algumas formas de lidar com os estressores, basta agir.
Sabemos que isso não é fácil, infelizmente, mas é necessário tomar uma atitude.
Fonte: https://bit.ly/2zxaZZu
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